O grande lema do Povo Cigano é: " O céu é meu teto; a terra é minha patria e a liberdade é minha religião", traduzindo um espírito essencialmente nômade e livre dos condicionamentos das pessoas normais geralmente cercadas pelos sistemas aos quais estão subjugadas.
Em sua maioria, os ciganos são artistas ( de muitas artes, inclusive a arte circense) ; e eximios ferreiros, fabricandoseus próprios utencilios domésticos, suas jóias e suas selas. Os Ciganos sempre levaram uma vida muito simples, fabricando tachos, consertando panelas, vendendo cavalos ( atualmente vendem carros) fazendo artesanato ( principalmente em cobre o metal nobre desse povo) e lendo as cartas ciganas para ver a " buena dicha" ( boa sorte). Na verdade cigano que se preza, antes de ler a mão, lê os olhos das pessoas (os espelhos da alma) e tocam seus pulsos ( para sentirem o nível de vibração energética) e só então que interpretam as linhas da mão. A prática da quiromancia para o Povo Cigano não é um mero sistema de adivinhação, mas, acima de tudo um inteligente esquema de orientação sobre o corpo, a mente e o espírito; sobre a saúde e o destino. O mais importante para o Povo Cigano é interagir com a Mãe Natureza respeitando seu ciclos naturais e sua força geradora e provedora. Mitologicamente o Povo Cigano está ligado à Kali a deusa negra da mitologia hindu, associada a figura de Santa Sra, cujo mistério envolve o das "virgens negras", que na iconografia cristã representa a figura de Sara, a serva ( de origem Núbia) que teria acompanhado as três marias: Jacobina, Salomé e madalena, e , junto com José de Arimateia fugido da palestina numa pequena barca, transportando o santo Graal ( o cálice sagrado) , que seria levado por elas para um mosteiro da antiga Bretanha. Diz o mito que a barca teria perdido o rumo durante o trajeto e atracado no porto de Camargue, as margens do mediterrâneo, que por sua vez ficou conhecido como " Saintes Maries de la Mer", transformando-se desde então num local de grande concentração do Povo Cigano. Santa Sara é comemorada todos os anos, nos dias 24 e 25 de maio, através de uma longa noite de vigília e Oração, pelos Ciganos espalhados no mundo inteiro, com candeias de velas azuis, e flores e vestes coloridas; muita música e muita dança, cujo símbolo religioso representa o processo de purificação e renovação da natureza e o eterno "retorno dos tempos". Os Ciganos geralmente se reúnem em Clãs para festejar os ritos de passagem: o nascimento, a morte, o casamento e os aniversários. Estão sempre reunidos nos campos, nas praias, nas feiras e nas praças. Esse povo canta e dança tanto na alegria como na tristeza pois para o cigano a vida é uma festa e a natureza que o rodeia a mais bela e generosa anfitriã. Onde quer que estejam, os ciganos são logo reconhecidos por suas roupas e ornamentos, e, principalmente por seus hábitos ruidosos. São um povo cheio de energia e grande dose de passionalidade. São tão peculiares dentro do seu código de ética; honra a justiça; senso; sentido e sentimento de liberdade que contagia e incomodam qualquer sistema. Porem a comunidade cigana ama e respeita a natureza, os idosos e todos os membros do grupo educam as crianças de todos, dentro dos princípios e normas próprios de uma tradição puramente oral, cujos ensinamentos são passados de pai para filho ou de mestres para discípulo, através das estórias contadas e das músicas tocadas em torno das fogueiras acessas e das barracas coloridas sempre montadas ao ar livre( mesmo no fundo do quintal das ricas mansões dos ciganos mais abastados). Para o Povo Cigano, a Lua Cheia é o maior elo de ligações com: o "Sagrado" quando são realizados mensalmente os grandes festivais de consagração, imantação e reverenciação à grande "Madrinha". A celebração da lua Cheia, acontecem todos os meses em torno das fogueiras acesas, com dança e orações. Também para os Ciganos tudo na vida é "Maktub" ( está escrito nas estrelas), por isso são atentos observadores do céu e verdadeiros adoradores dos Astros. Os Ciganos praticam a Astrologia da mãe terra respeitando e festejando seus ciclos naturais, através dos quais desenvolvem poderes verdadeiramente mágicos. Gostaria de agradecer primeiramente a Deus por ter a oportunidade de conhecer a História deste Povo tão querido, alegre e tão cheio de energia. E agora quero agradecer por está aqui passando todas estas informações.domingo, 24 de janeiro de 2010
PIRATARIA - História
Atos de pirataria eram as violências que os tripulantes de um navio sem bandeira praticavam indistintamente em alto-mar contra propriedades ou pessoas de qualquer país (embora hoje em dia este termo já seja aplicado a qualquer indivíduo que viola alguma coisa, como por exemplo, os piratas informáticos). Por isso esses homens não se submetiam a qualquer tipo de lei, o que os diferenciava dos corsários porque estes tinham a autorização de um reino que lhe concedia a carta de corso, como se dizia nos documentos antigos, e direcionavam suas atividades apenas contra os inimigos de quem que os contratara. O primeiro a usar o termo pirata para descrever aqueles que pilhavam os navios e cidades costeiras, foi Homero, na Grécia antiga, em sua Odisséia.
As tripulações piratas eram formadas por pessoas de todos os tipos e procedências, principalmente os chamados homens do mar - sendo muitos deles escravos fugitivos ou servos sem rumo - que conviviam em um regime relativamente democrático, elegendo o seu capitão e podendo removê-lo a qualquer momento. Preferiam navegar em navios pequenos e rápidos que lhes permitiam lutar ou fugir, conforme lhes fosse mais conveniente, adotando a abordagem como método preferencial de ataque, seguida da luta corpo a corpo. Saqueavam as embarcações de mercadores que encontravam pela frente, mas ocasionalmente atacavam uma cidade ou um navio de guerra, caso o risco valesse a pena. Percorriam as rotas comerciais não só com o objetivo de se apoderar de tudo que tivesse valor, mas também não hesitando em capturar pessoas importantes e ricas para depois exigir quantias vultosas por sua libertação Normalmente, não tinham qualquer tipo de disciplina, bebiam muito e sempre terminavam mortos no mar ou enforcados, após uma carreira curta e violenta.
Considerada em todos os tempos como um crime internacional, a pirataria era reprimida energicamente pelas nações civilizadas, sendo prática rotineira o enforcamento dos piratas (também chamados corsários, bucaneiros ou flibusteiros) aprisionados nas vergas dos mastros de seus próprios navios. O que não impediu, porém, que a atividade se tornasse comum no mundo antigo, sendo adotada por fenícios e gregos primitivos. Em certa época ela se tornou tão intensa no Mediterrâneo, que os romanos editaram uma lei especial, a Lex Gabínia, que dava poderes ditatoriais ao general Pompeu (106-89 a.C.) para que ele pudesse exterminar os piratas que em sua grande maioria eram asiáticos ou desertores romanos, ex-marinheiros. O que foi feito em tempo relativamente curto. Esses criminosos dos mares tinham seu estaleiro e arsenal na Cilícia, Ásia Menor, e alguns deles chegaram a reinar como príncipes sobre muitas cidades litorâneas.
A partir do século 8 os vikings procedentes da Escandinávia pilharam as costas da Inglaterra, da França, da Espanha, e chegaram mesmo até à Itália, mas como esses assaltos foram aos poucos se tornando cada vez mais difíceis junto às terras européias, os piratas se espalharam pelos mares das Índias Ocidentais e da Nova Inglaterra, em direção do mar Vermelho e Extremo Oriente, e alcançaram as costas brasileiras no início do século 16, quando bucaneiros franceses chegaram várias vezes ao nosso litoral. Durante anos a ilha de Madagascar, no oceano Índico, situada ao largo da costa oriental africana, serviu de base aos piratas que agiam naquela região, e no século 18 a ilha de Tortuga, próximo da Hispaniola (ilha do mar das Antilhas, hoje dividida entre o Haiti e Republica Dominicana), tornou-se sede de uma república regular de piratas.
Do fim do século 16 até o século 18, o mar do Caribe era um terreno de caça para piratas que atacavam primeiramente os navios espanhóis, mas posteriormente aqueles de todas as nações com colônias e postos avançados de comércio na área. Os grandes tesouros de ouro e prata que a Espanha começou a enviar do Novo Mundo para a Europa logo chamaram atenção desses aventureiros mal intencionados, dos quais muitos se tornaram lendários, entre eles Sir Francis Drake, Capitão Kidd, Barbanegra, Jean Lafitte, James Cook, Henry Morgan, Grace O'Malley, Anne Bonny, Martin Tromp, Mary Read, John Rackman, Bartholomeu Roberts, L’Olonnais, Roc Brasileiro e outros mais, cujas vidas inspiraram a produção de muitos filmes de sucesso.
Mas com a chegada dos tempos modernos a pirataria acabou desaparecendo quase que por completo, subsistindo até pouco tempo apenas nas proximidades de Hong Kong, na China, e também nas Caraíbas, onde os piratas atacam de surpresa, com lanchas muito rápidas, nos espaços entre as ilhas.
Diz a lenda que no ano 331 a.C., Alexandre, o Grande (356 - 323 a.C.), rei da Macedônia, ordenou a expulsão dos piratas do mar Egeu, e perguntou a um deles qual a razão pela qual estes tornavam os mares inseguros. O pirata respondeu-lhe: "A mesma razão pela qual vós fazeis estremecer o mundo inteiro. Mas como eu faço o que faço num pequeno navio, sou chamado pirata. Como fazeis o que fazeis com uma grande armada, vos chamam de imperador”.
As tripulações piratas eram formadas por pessoas de todos os tipos e procedências, principalmente os chamados homens do mar - sendo muitos deles escravos fugitivos ou servos sem rumo - que conviviam em um regime relativamente democrático, elegendo o seu capitão e podendo removê-lo a qualquer momento. Preferiam navegar em navios pequenos e rápidos que lhes permitiam lutar ou fugir, conforme lhes fosse mais conveniente, adotando a abordagem como método preferencial de ataque, seguida da luta corpo a corpo. Saqueavam as embarcações de mercadores que encontravam pela frente, mas ocasionalmente atacavam uma cidade ou um navio de guerra, caso o risco valesse a pena. Percorriam as rotas comerciais não só com o objetivo de se apoderar de tudo que tivesse valor, mas também não hesitando em capturar pessoas importantes e ricas para depois exigir quantias vultosas por sua libertação Normalmente, não tinham qualquer tipo de disciplina, bebiam muito e sempre terminavam mortos no mar ou enforcados, após uma carreira curta e violenta.
Considerada em todos os tempos como um crime internacional, a pirataria era reprimida energicamente pelas nações civilizadas, sendo prática rotineira o enforcamento dos piratas (também chamados corsários, bucaneiros ou flibusteiros) aprisionados nas vergas dos mastros de seus próprios navios. O que não impediu, porém, que a atividade se tornasse comum no mundo antigo, sendo adotada por fenícios e gregos primitivos. Em certa época ela se tornou tão intensa no Mediterrâneo, que os romanos editaram uma lei especial, a Lex Gabínia, que dava poderes ditatoriais ao general Pompeu (106-89 a.C.) para que ele pudesse exterminar os piratas que em sua grande maioria eram asiáticos ou desertores romanos, ex-marinheiros. O que foi feito em tempo relativamente curto. Esses criminosos dos mares tinham seu estaleiro e arsenal na Cilícia, Ásia Menor, e alguns deles chegaram a reinar como príncipes sobre muitas cidades litorâneas.
A partir do século 8 os vikings procedentes da Escandinávia pilharam as costas da Inglaterra, da França, da Espanha, e chegaram mesmo até à Itália, mas como esses assaltos foram aos poucos se tornando cada vez mais difíceis junto às terras européias, os piratas se espalharam pelos mares das Índias Ocidentais e da Nova Inglaterra, em direção do mar Vermelho e Extremo Oriente, e alcançaram as costas brasileiras no início do século 16, quando bucaneiros franceses chegaram várias vezes ao nosso litoral. Durante anos a ilha de Madagascar, no oceano Índico, situada ao largo da costa oriental africana, serviu de base aos piratas que agiam naquela região, e no século 18 a ilha de Tortuga, próximo da Hispaniola (ilha do mar das Antilhas, hoje dividida entre o Haiti e Republica Dominicana), tornou-se sede de uma república regular de piratas.
Do fim do século 16 até o século 18, o mar do Caribe era um terreno de caça para piratas que atacavam primeiramente os navios espanhóis, mas posteriormente aqueles de todas as nações com colônias e postos avançados de comércio na área. Os grandes tesouros de ouro e prata que a Espanha começou a enviar do Novo Mundo para a Europa logo chamaram atenção desses aventureiros mal intencionados, dos quais muitos se tornaram lendários, entre eles Sir Francis Drake, Capitão Kidd, Barbanegra, Jean Lafitte, James Cook, Henry Morgan, Grace O'Malley, Anne Bonny, Martin Tromp, Mary Read, John Rackman, Bartholomeu Roberts, L’Olonnais, Roc Brasileiro e outros mais, cujas vidas inspiraram a produção de muitos filmes de sucesso.
Mas com a chegada dos tempos modernos a pirataria acabou desaparecendo quase que por completo, subsistindo até pouco tempo apenas nas proximidades de Hong Kong, na China, e também nas Caraíbas, onde os piratas atacam de surpresa, com lanchas muito rápidas, nos espaços entre as ilhas.
Diz a lenda que no ano 331 a.C., Alexandre, o Grande (356 - 323 a.C.), rei da Macedônia, ordenou a expulsão dos piratas do mar Egeu, e perguntou a um deles qual a razão pela qual estes tornavam os mares inseguros. O pirata respondeu-lhe: "A mesma razão pela qual vós fazeis estremecer o mundo inteiro. Mas como eu faço o que faço num pequeno navio, sou chamado pirata. Como fazeis o que fazeis com uma grande armada, vos chamam de imperador”.
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